Bolsonaro se tornou um rato aprisionado na própria armadilha que armou. Um rato fascista em desespero.
É preciso verificar como fica o omelete depois que os ovos forem quebrados e estiverm na frigideira. Não é razoável contar com o prato lindo e maravilhoso enquanto ele está sendo feito. Após os atos programados por quase dois meses, contando com toda a estrutura governamental e boa parte dos empresários do país, a montanha pariu um rato.
Bolsonaro, na melhor das hipóteses, juntou 50 mil pessoas em Brasília e perto de 80 mil em São Paulo. Nada mais do que isso.
O pior, perdeu apoio da direita liberal com suas ameaças mais aguerridas e flertando com o golpismo.
Bruno Araújo, presidente nacional do PSDB, já antes do meio dia afirmava que o era hora de o partido entrar no impeachment. João Doria, em meio a manifestação de SP, cravou que era chegada a hora.
Paulinho da Força, presidente do Solidariedade foi no mesmo caminho: hora de discutir o impeachment.
O Supremo Tribunal Federal está reunido via internet enquanto escrevo este texto para discutir o que fazer.
E um enorme panelaço mobilizou parte das capitas do país aproximadamente às 19h.
O que Bolsonaro tem a oferecer aos seus apoiadores que foram a Brasília ou a Avenida Paulista achando que iam tomar o poder? Absolutamente nada.
Para organizar mais uma nova manifestação dessas ele precisa de mais uns dois meses. Enquanto isso os preços aumentam sem parar, o desemprego idem e as análises do mercado começam a ser trágicas.
Na Globonews esses tais porta-vozes do tal mercado já falam em um país desestabilizado.
Deu ruim o ataque do bolsonarismo.
Sem fôlego e trupicando nas pesquisas, talvez ele não tenha nem mais os 25% de ótimo e bom nas próximas pesquisas.
Seu núcleo duro continuará ali, mas pode diminuir pra 20%, 15%. E isso não lhe garante não cumprir decisões judiciais, como ameaçou. E sequer vai conseguir convocar o Conselho da República, como anunciou no palanque de Brasília.
Ele se tornou um rato aprisionado na própria armadilha que armou.
Um rato fascista em desespero.
Agora é aguardar o centrão se desfazer em quatro ou cinco blocos como já aconteceu em outros momentos e forçar Arthur Lira a abrir o impeachment.
O que parecia uma hipótese fora da realidade, agora se torna algo provável.
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