"O bolsonarismo precisa ser reduzido a pó. É trabalho de todos, não só dele", afirma o jornalista

Em artigo publicado no Metrópoles, o jornalista Ricardo Noblat afirma que "com a fuga para não ser preso, a obra de Bolsonaro está completa".
Para ele, a fuga é porque "sabe muito bem o que fez em todas as estações dos últimos quatro anos e tinha medo de ser preso se permanecesse aqui".
O jornalista reforça ainda que "o país terá de reconstruir com a celeridade necessária as bases para que nunca mais volte, e para que ninguém igual ou parecido com ele venha um dia a sucedê-lo".
"Bolsonaro abandonou o país sem completar seu mandato e deixou os custos de sua fuga para o Tesouro Nacional, alimentado pelo dinheiro de impostos que todos pagamos. Ou melhor: que a maior parte dos brasileiros paga, porque a outra, dos mais ricos e remediados, tem meios e modos de não pagar nada ou quase nada", destacou Noblat.
Noblat afirma que o governo Bolsonaro deixou um país mais armado, os militares politicamente mais ativos, e uma democracia que sofreu graves abalos, embora tenha triunfado.
"O maior desafio que o presidente eleito tem pela frente não será governar melhor que o seu antecessor, tarefa fácil por comparação, mas o de pacificar o país como prometeu durante a campanha. Não é sobre esquerda e direita, é sobre os que prezam o Estado de Direito e têm ódio e nojo de ditaduras de qualquer cor", frisou.
E conclui: "O bolsonarismo precisa ser reduzido a pó. É trabalho de todos, não só dele".
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