Telejornal da Globo, após destrinchar decisão que anulou todos os processos da Lava Jato contra Lula, teve que admitir: "Ex-presidente volta a ser elegível desde já"
O Jornal Nacional, da Globo, dedicou quase metade de sua edição desta segunda-feira (8) em uma matéria para dar sua versão da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, que anulou todos os processos da Lava Jato contra Lula.
A reportagem do principal telejornal da Globo sobre o assunto teve 25 minutos. Logo na abertura da matéria, o âncora William Bonner destacou a queda na bolsa brasileira e a alta do dólar, tentando passar uma impressão de que a anulação dos processos de Lula seria negativa para a economia. A informação foi repetida pelo apresentador ao final da matéria.
Ao longo da reportagem, o JN destrinchou a decisão de Fachin, destacando que todos os processos contra Lula, incluindo o do triplex do Guarujá e do sítio de Atibaia, foram anuladas. Neste momento, o telejornal, mais uma vez, tentou dar um tom negativo à decisão ao exibir em detalhes as acusações contra o ex-presidente nestes dois casos.
A matéria , no entanto, não pode omitir a principal consequência da decisão de Fachin, que é a retomada dos direitos políticos do petista. “A lei da ficha limpa é bem clara ao rejeitar candidatura de condenados pela Justiça. Essa era a situação de Lula. Agora, Lula volta a ser elegível desde já”, disse uma das repórteres.
O Jornal Nacional ainda destacou a repercussão da anulação dos processos de Lula no meio político e deu espaço para a nota dos advogados do petista sobre a decisão do STF.
Além disso, o programa deixou no ar a possibilidade da Justiça Federal do Distrito Federal vir a condenar Lula com base nas investigações de Curitiba e que, mesmo começando do zero, os processo de Lula em outra vara tramitariam mais rápido.
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