O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que o governo Bolsonaro está transformando o Brasil em uma grande fazenda. As declarações foram feitas em reação à decisão da Ford de retirar suas fábricas do Brasil, uma delas das cidade baiana de Camaçari
“Não há planejamento. O que pensamos nos últimos cinco anos para aumentar o investimento em tecnologia e a industrialização? Nada. Estamos satisfeitos em nos tornarmos uma grande fazenda”, afirmou ele em entrevista para o Painel da Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (12), informa o site do PT.
O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que o atual governo está transformando o Brasil em uma grande fazenda, reagindo a decisão da Ford em retirar suas fábricas do Brasil, uma delas de Camaçari, em seu estado.
Segundo Costa, os executivos da Ford apontaram um cenário devastador, que sucederá a situação criada com a decisão da empresa norte-americana. A previsão deles, de acordo com Costa, é a de que apenas em 2023 a demanda voltará a crescer e que mais indústrias do setor automotivo deverão anunciar a saída do Brasil nos próximos meses. Apenas a saída da Ford resultará na perda de cerca de 35 mil a 50 mil postos de trabalho indiretos, segundo dados da Confederação Nacional dos Metalúrgicos.
“Não dá para imaginar que o Brasil já teve uma indústria relevante, que viu florescer a indústria do petróleo, que teve grandes construtores disputando contratos para obras internacionais ter entrado nesse vazio”, questionou Rui Costa, apontando as causas do desastre. “Há cinco anos, o Brasil vive uma crise institucional forte, que paralisou as reformas e os investimentos. O capital é avesso a risco e o Brasil se tornou um país de alto risco”.
“Eu pergunto qual é o plano deles para a educação? E para a saúde? Na semana passada, ele falou que a mão de obra no Brasil não tem qualificação. O que ele está fazendo para melhorar isso? Qual é o plano deles para melhorar nossa infraestrutura logística? Não tem. Tudo o que estão entregando foi iniciado em 2012, 2013”, afirma o governador, referindo-se ao governo de Dilma Rousseff (PT).
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