DECLARAÇÃO DA PRESIDENTE FOI FEITA DEPOIS DO APOIO DE MARINA A AÉCIO NEVES
Dilma faz campanha no CEU Jambeiro, em SP (Foto: William Volcov / Brazil Photo Press)
São Paulo - A presidente e candidata à
reeleição Dilma Rousseff (PT) disse neste domingo (12) que “não acredita
em transmissão de votos”. Segundo ela, “o voto é de cada brasileiro”.
Mais cedo, a candidata derrotada pelo PSB, Marina Silva, declarou seu
apoio a Aécio Neves (PSDB) no segundo turno da eleição presidencial.
Perguntada se a articulação da campanha
não teria falhado ao não ter conseguido o apoio da ex-senadora, Dilma
disse que não. “Muitas pessoas de outros partidos vieram para a nossa
campanha. Quem está do lado do nosso adversário é porque respeita outro
projeto que não é o nosso”, disse. A presidente reiterou que é contraria
à independência do Banco Central e redução do papel dos bancos públicos
no financiamento do crescimento econômico.
“Eu não incorporo algumas coisas no meu
programa nem que a vaca tussa”, disse a candidata à reeleição, que falou
durante entrevista coletiva em uma unidade do Centro Educacional
Unificado (CEU) na zona leste de São Paulo.
Dilma afirmou ser “compreensível” Marina
ter declarado apoio ao seu adversário “porque, no que se refere à
economia, os programas de governo dos dois são bastante próximos”.
A presidente também criticou a gestão de
Aécio Neves no governo de Minas Gerais, especialmente no combate à
mortalidade infantil. De acordo com ela, enquanto o governo federal
reduziu em 33% as mortes infantis, Minas Gerais reduziu em apenas 19%.
“Estados do Nordeste como Bahia e
Pernambuco reduziram mais. No Sudeste, São Paulo e Rio reduziram mais a
mortalidade infantil do que Minas Gerais”, disse Dilma.
Petrobras
A petista voltou a falar sobre as
denúncias de corrupção que estão sendo feitas pelo ex-diretor da
Petrobras Paulo Roberto Costa e pelo ex-doleiro Alberto Youssef no
programa de delação premiada. “Eu sou a favor da publicação ampla. Não
de partes do processo”, voltou a criticar. Dilma questionou o porquê de
haver sigilo e justiça para parte do processo e para outra não. “Eu só
digo que acho isso muito estranho”, afirmou.
A candidata voltou a defender que é
favorável a que se puna qualquer pessoa que se envolva com práticas de
corrupção, mesmo que seja do PT. “Sou a favor que se investigue e
publique. Mas que haja punição. Porque não adianta investigar, publicar e
não haver punição. Sem punição não acabaremos com a corrupção em nosso
País”, disse. (Francisco Carlos de Assis/Agência Estado)
Fonte: Diário do Poder

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