Por causa de um atraso de dez minutos, a moradora de rua Paloma Leoncio da Silva, 25, perdeu a prova do Enem.
"Fui fazer hidratação nos meus cabelos e acabei me atrasando", conta.
"Queria estar bem na prova. As pessoas têm muito preconceito contra
morador de rua."
Há quase cinco anos, Paloma vive num gramado na avenida 23 de Maio, na
região central de São Paulo. Seu sonho era cursar letras ou história. E,
assim, deixar as ruas.
"O país precisa de professores", diz, enfática. "E eu quero ser uma. Não
me importo em ganhar pouco. Nem que seja um salário mínimo."
Ontem foi um dia especial para Paloma. Ela pulou cedo da cama: antes da
7h. Caminhou até a rua Sete de Abril, no centro paulistano, onde comprou
roupas novas para prestar o exame.
FABRÍCIO LOBEL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
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