Augusto Mendonça Neto (Toyo Setal) fez afirmação em delação premiada.
Nota do PT diz que o processo de doação 'ocorreu dentro da legalidade'.
O executivo Augusto Mendonça Neto, da empresa Toyo Setal, uma das fornecedoras da Petrobras,
disse em depoimento dado em outubro à Polícia Federal, com base em
acordo de delação premiada, que parte do pagamento de propina ao
ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque era direcionada ao PT
como doação oficial ao partido.Em nota (veja íntegra ao final desta reportagem), o PT afirmou que só recebe doações "em conformidade com a legislação eleitoral vigente". O partido disse que, no caso em questão, o próprio executivo reconheceu que foi orientado pela Secretaria de Finanças do PT a efetuar as doações na conta bancária da legenda. "Os recibos foram declarados na prestação de contas apresentada ao TSE. Ou seja, todo o processo ocorreu dentro da legalidade", afirma a nota.
Na denúncia que serviu de base para as prisões efetuadas no mês passado, na sétima fase da Operação Lava Jato, o Ministério Público Federal afirma que a doação para partidos políticos de recursos desviados da Petrobras pode ter sido uma "mera estratégia" de lavagem de dinheiro.
Segundo o depoimento de Mendonça Neto, as doações ao PT, em valor aproximado de R$ 4 milhões, foram feitas entre 2008 e 2011 a pedido de Duque. O valor, segundo o executivo, era referente ao pagamento de propina para a realização de obras na Refinaria do Paraná (Repar). Ele disse em seu depoimento que o pagamento ao ex-diretor de Serviços da Petrobras também era feito em dinheiro e por "remessas em contas indicadas no exterior"
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